
O medo do “dentista” faz com que muitas pessoas, o “esqueçam”. Mas, se realmente saberem todos os benefícios que este profissional proporciona, a conclusão seria diferente. Hoje, as técnicas da odontologia avançaram o que resultou na “Ortopedia Funcional dos Maxilares”, isto é, que auxilia no equilíbrio do sistema mastigatório.
“A doença do Distúrbio Têmporo-Mandibular (DTM) pode gerar alterações de humor e depressão; falta de concentração e insônia; dor na região cervical (pescoço), nos ombros, braços, costas; gastrite e úlcera, além de alterações posturais. No rosto, surgem ruídos e estalos das articulações têmporo-mandibulares; cansaço no maxilar, principalmente ao acordar; sensação de perda de equilíbrio; dor, pressão, tamponamento e zumbido no ouvido com redução da audição; cefaléia crônica; travamento da mandíbula, tanto na abertura como no fechamento; limitação de abertura bucal e desvios da mandíbula para um dos lados, tanto na abertura como no fechamento da boca; dores durante ou após a mastigação; dores de ouvido, embaixo ou no fundo dos olhos, na nuca, no queixo e áreas próximas à garganta; dificuldade de engolir e respirar, apresentando respiração pela boca; problemas de dicção e também formigamento nos braços. Se não for tratada a causa do problema, esses sintomas e sinais podem perdurar por muito tempo, diminuindo razoavelmente a qualidade de vida do portador. Tais sintomas, muitas vezes confundidos com outros quadros, como enxaqueca, fibromialgia, otites e até mesmo labirintite, dificultam bastante o diagnóstico final”, destacou a especialista de Ortopedia Funcional dos Maxilares da Policklin, Isaura Maria Ferraz Rochelle.
Sofisticada ou simples, a técnica deve sempre devolver o equilíbrio ao sistema mastigatório, que envolve não apenas os dentes, mas as articulações têmporo-mandibulares, que localiza-se à frente do ouvido, e os músculos que realizam os movimentos da boca. Só assim o sistema consegue desenvolver tranquilamente as funções mastigação, deglutição, fonação e, até mesmo, melhorar muito a postura corporal.
De acordo com Isaura Maria, a odontologia, na sua história, vem avançando a largos passos em técnicas para prevenir doenças e conservar a dentição saudável. “Ela começou lá atrás, sendo executada pelo prático barbeiro em praça pública, com trabalhos dolorosos e mutiladores. Saiba que é daí que vem o medo de dentista das gerações mais velhas. Hoje, com a fluoretação da pasta de dente, das águas de abastecimento público, e também a educação em saúde aplicada à população, bons resultados têm-se conseguido com a criançada”, garantiu.
Nos dias atuais, por outro lado, restabelecem todos os elementos dentários, desde uma simples ponte móvel, até sofisticadas reabilitações como enxertos e implantes ósseos.
“Eu me sentia cansada o dia todo e já acordava fatigada e atordoada. Muitas vezes não conseguia levantar da cama tamanha era a atordoação que sentia. A perda de equilíbrio foi aumentando, até chegar um ponto em que eu nem saía mais de casa. Demorou mais de um ano para o diagnóstico de Disfunção Têmporo-Mandibular revelar o problema”, disse uma paciente, que não quer ser identificada, portadora de prótese total, de 78 anos, que tratou o quadro como labirintite por aproximadamente um ano.
“A prótese total (dentadura) é uma das mais antigas e mais usadas técnicas reparadoras da odontologia, porém, as pessoas que usam dentadura, muitas vezes, nem imaginam que certos sintomas podem estar associados ao mau funcionamento do sistema mastigatório, devido às próteses não estarem mais restabelecendo dimensões e os movimentos mandibulares, colocando, assim, todo o sistema em disfunção”, afirmou Doutora Isaura.
Normalmente, a disfunção é associada ao “stress” que leva o paciente a desenvolver o apertamento e ranger de dentes. Isso acomete mais mulheres que homens, numa proporção de um caso masculino para nove femininos, apontam os especialistas.
Há sete anos no Brasil a especialidade em Ortopedia Funcional dos Maxilares existe entre os dentistas. Pouco conhecida, trata também da disfunção do sistema mastigatório que acomete dentes, articulações e músculos que realizam os movimentos da boca.
Para a especialista da Policklin, o mais adequado é sempre devolver o equilíbrio ao sistema mastigatório, em qualquer tratamento odontológico reparador. “Hoje, mesmo na prótese total, a Ortopedia Funcional dos Maxilares, tem em mãos técnicas aprimoradas em sua confecção que devolvem ao sistema o equilíbrio. As pessoas portadoras de prótese total estão aptas a desenvolver as funções com prazer e garantirem sua qualidade de vida. Enfim, não importa a idade para a necessidade de o sistema estar totalmente equilibrado, devolvendo, no caso das crianças, um desenvolvimento harmonioso do rosto e das arcadas dentárias e, em adultos e idosos, qualidade de vida ao organismo” finalizou.