Segundo um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde, até os 12 anos de idade, 37% da população brasileira é acometida por algum tipo de doença periodontal. Entre 15 e 19 anos, este número atinge a casa dos 49,1%, vai para 82% entre 35 e 44 anos e chega à marca de 98,2% entre 65 e 74 anos.
Estes números fazem referência à doença periodontal como um todo, não somente à gengivite – inflamação na gengiva –, forma mais branda da doença. “Caso fizéssemos um exame mais acurado, em praticamente 100% da população brasileira encontraríamos algum ponto de sangramento no tecido gengival, principal sinal clínico para o diagnóstico da gengivite”, diz o cirurgião-dentista, Pedro Paulo Bak Mansi, especialista em periodontia.
A principal causa da gengivite é o acúmulo de placa bacteriana. Assim, uma boa higiene oral pode prevenir a doença. Mas não basta apenas escovar os dentes, as visitas ao dentista são indispensáveis. “Aconselharia que fossem feitas três visitas ao longo do ano, ou seja, uma visita a cada quatro meses”, recomenda.
Se entre os intervalos das consultas houver sangramento na gengiva, seja com o uso do fio dental ou ao escovar os dentes, é aconselhável agendar uma visita imediata para o profissional avaliar o caso. “O ideal é que, observada esta condição, o paciente continue mantendo um bom padrão de higiene bucal”, afirma Pedro Paulo Mansi.
Bem usados, a escova de dente e o fio dental são mais do que suficientes para uma boa higiene. Para quem tem dentes um pouco mais afastados uns dos outros, casos em que ocorrem grandes acúmulos de restos de alimentos, a escova interdental ajuda bastante na higiene. “A escova interdental é um método auxiliar complementar de higiene e de maneira alguma deve substituir o uso da escova dental e do fio”, ressalta o especialista.
Passo a passo para acabar com a gengivite
Fonte: Uniodonto Rio